sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Retro Lara 31/12/2009!!!

Poiis é, praticamente um ano se passou! Digo praticamente poruqe ainda não chegou a hora em que minha filhinha saiu da minha barriga para este mundão todo!

Continuo minha retrospectiva do nascimento, tentando absorver e entender mais e tentando deixar para tras a tristeza que envolveu as circunstâncias do parto afim de me libertar para a vida!

Depois de me deitar, já com as roupas escolhidas que levaria para a maternidade - porque eu não queria admitir, mas sabia que o Wil tinha razão que iríamos para o hospital -, deitamos, para tentar descansar e dormir.

Lá pelas 3 e tantas da manhã comecei a sentir algo estranho, uma dorzinha boba. Passou. Voltou. Passou. Voltou. Opa, isso era contrações ou cólicas? Pra mim era cólicas, não sentia a barriga endurecer nem nada. Levantei, despertei o marido e começamos a contar o tempo de intervalo, esquecemos de contar a duração, mas não era nem 1 min. Acho que eram pródomos.

Depois de pouco tempo veio o início de febre que foi subindo devagarzinho e chegou a uns 38 e tanto (acho que meio). Meu marido falou com a parteira que no pediu para ir ao hospital, pois poderia ser uma infecção! A estas tantas já estava a umas 7hs com a bolsa vazando.

Me lembro do tom da voz da parteira me dizendo que eu sabia que se fosse para o hospital particular eles iriam fazer uma cesárea... E de eu dizendo que tinha medo de irmos sozinhas para um público e eu acabar sozinha, sem acompanhante e cesariada também! Consigo lembrar certinho daquele tom e de um medo tomando conta de mim ao mesmo tempo que me sentia sem saída!

Levantei, fiz uma lista de coisas para minha mãe fazer e buscar na minha casa, me troquei, peguei bolsa e fomos para o hospital.

Me senti atônita, esperançosa, desejosa, triste, feliz, pensando em mil palavras e ao mesmo tempo em nada! Acho que minha vontade era que nada daquilo fosse realidade...

AO descer do carro senti muita aguá saindo, as dores continuavam fracas, mas eram chatas, incômodas, doía o quadril, exatamente igual a quando eu tinha cólicas...

No ps fizeram os exames de praxe, minha febre havia desaparecido, estava entre o normal e o febril, batimentos da Lara ok, pressão ok, tudo ok (no fundo eu sabia disso).

Ao fazerem o toque minha tristeza, eu ainda tinha 1,5cm de dilatação, mas o colo "já" estava médio (era um progresso oras). O médico indica a cesárea, eu recuso, ele insiste, eu explico os motivos, ele faz cara de "acho que não", eu peço a indução, ele diz que poderia, mas que era tarde demais, eu insisto de novo, uso argumentos (poucos - estava comendo pelas beiradas, tentando não bater de frente), ele usa um golpe baixo, conta casos de morte de bebê por insistência da mãe em ter o parto normal, eu continuo a saber que posso, que temos tempo, que tudo estava bem, que ele estava pressionando... sozinha não podia, não queria ser teimosa na hora errada, não queria arriscar a vida da minha bebê, mas sabia que era besteira tudo aquilo, estava massacrada, derrotada e sem apoio... Aceitei. Chorei. Morri por dentro.

Subi para o quarto como quem vai a um enterro. Não era aquilo que desejava para o nascimento da minha filha, não eram aqueles sentimentos, eu queria estar alegre, eu queria estar feliz, mas eu sentia uma grande, imensa tristeza, meu coração apertado. Sabia que um grande suplício se iniciava ali!

Muita encheção de saco, rotinas, burocracias sem fim. eu estava irritada ao ponto de dar um belo coice em quem viesse me falar aborinha... e segurei algumas vezes, outras desembuchei!

Minha vontade era gritar com todas ali, era xingar aquelas enfermeiras, era fugir do hospital, mas eu tinha coragem? Não. Eu fui covarde! Covarde para lutar, covarde para falar, covarde para exigir, covarde para agir!

Fui. Lá estava eu deitada naquela maca tão fina que achava que eu cairia dela se me mexesse para os lado. Sozinha, sem meu marido. Que vontade de gritar, de correr, de sumir. Quanta aflição e dor me esperavam. Quanta indelicadeza, quanta frieza, insensibilidade. Quanta falta de respeito, quanta substimação!

A anestesia foi o momento de maior medo, angústia e desrespeito. Que ódio eu senti! Foi o momento em que deixei de ser a parturiente e virei um pedaço de carne viva a mercê de que me mexia e remexia!

O momento em que o Wil chegou perto de mim me trouxe mais alívio, mais carinho, mais segurança...

Que tristeza não saber se seu bebê está nascendo ou não, o que está acontecendo... Não sentir nada é a pior das condições do nascimento!

Ela nasce. Linda. Perfeita. Saudável.

Um pequeno miadinho surge e logo depois um vigoroso e dolorido choro, alto, estridente que não cessa, não para. É desesperador e triste.

Não a vejo. Só a vi depois de todos os procedimentos realizados. E quantos! Me dói o coração, me revira o estômago, me revolta saber o quanto a sua chegada ao mundo foi desesperadora, difícil e medonha para ela. Quanto medo ela não deve ter sentindo ao se ver, de repente, num lugar estranho, tendo sensções estranhas, o peso do corpo, que antes flutuava nas águas do ventre, agora aperta sesu músculos, ossos, pulmão e tudo mais! Para quê tudo isso? Desculpa filha! Desculpa por nunca poder mudar esta primeira experiência no mundo!

Quando ela vem, vem embrulhada, só vejo seu rosto e agora entendo sua feição (depois de ler Nascer Sorrindo entendo sua máscara), seu horror e entendo porque depois de tudo isso seus traços mudaram, na verdade voltaram a ser o que sempre foram.

Não me desamarram, não a encostam em mim, só consigo olhá-la bem de perto, e mais nada!

Vai embora, para longe de mim, o pai também!

Fico ali estendida, continuo a mercê, desrespeitada, inerte. Os médicos conversam as mais frívolas coisas, falam dos erros de seus colegas enquanto eu estou ali aberta, acordada, desrespeitada!

Uma lentidão, uma demora, mil burocracias...

Volto para o quarto, nem sei quanto tempo passou, mas acho que não mais que 1 hora...

Minha bebê vem mamar, ainda sujinha e posso vê-la melhor, pegá-la finalmente, não no colo propriamente dito, mas tê-la juntinho do meu corpo...

Nem dá para acreditar que eu já sou mãe. Foi tudo tão rápido, inesperado. Ainda não assimilei! Vejo, sei, mas não sinto que sou mãe!

Um sentimento de roube me invade a alma. De repente eu não tinha mais nada na barriga. Aqueles movimentos constantes e deliciosos não existem mais, eu nem senti eles terminarem, o processo de corte foi rápido e brusco demais, eu não estava preparada para perder minha menina assim.

Vai me caindo a ficha de que eu fui atropelada pelo sistema, de que sou só mais uma ali, uma a menos para dar trabalho, uma mais nas estatísticas, mais uma linda cesárea! Ninguém considera as consequências dela. Ninguém se preocupa comigo, meu bem estar. Ah, quer dizer, se preocupam sim, do me bem estar físico. Toda se recuperam não é mesmo, mais cedo ou mais tarde! Ninguém pensa nos nossos sonhos, desejos, planos! Por que a vontade do médico - sua preguiça, medo, despreparo, ponto de vista - vem sempre antes do nosso? É nossa vida, nosso corpo, nosso filho, nosso ponto de vista! Quem tem o direito de nos roubar isso? Quem tem direito de nos forçar? Quem tem direito de menosprezar a vida gerada, carregada, suportada, amada que nos pertence? NINGUÉM TEM! Que sociedade! Que mundo! Que seres humanos! Humanos? Acho que não. Seres individuais, não sujeito, porque sujeito é alguém, são seres, só isso! Individualistas. Olho no umbigo. Orgulho e prepotência. Miséria da sociedade.

Quando volta definitivamente para o quarto é muito bom, vê-la limpa, com suas feições verdadeiras, na roupinha que escolhemos, vê-la no colo do pai, feliz, orgulhoso... Aquilo foi uma gota de pureza e felicidade no meu coração!

Queria ficar ali, só nós três, falando de tudo, como tinha sido, o que tinha acontecido, falando dela, olhando para ela. Mas eu estava imóvel naquela cama, deitada, adormecida, não podia fazer nada, só olhar!

Como pode ser aceitável? Sonhar, desejar a vida inteira um bebê, ela chegar e eu ser espectadora? Como uma mãe pode ser espectadora neste momento? Que dor.

Naquele dia mais a noite nosso quarto foi invadido pelo som, não tão alto, dos fogos de artifício que anunciavam a chegada de 2010. Eu nem dava importância a eles, eles não significvam nada para mim. De relance pensei na minha mãe e família em casa. Olhei para o lado e vi minha bebê dormindo envolta nas coberta, serena, sem se quer mexer um dedo como barulho dos fogos!

É tão difícil absorver tudo isso quando os desejos e planos eram tão mais carinhosos e amorosos... dá remorso, dá fraqueza, dá tristeza novamente.

Saber a realidade de cada processo vivido tanto por mim quanto e principalmente por ela traz uma verdade dolorosa para o coração, algo irreparável, traz junto raiva, frustração, indignação!

Este dia foi o dia mais difícil que eu já vivi. E ambiguamente foi o dia mais feliz da minha vida! É difícil entender, explicar. Foi a realização de um sonho, a transformação de uma só carne em família. Foi ter fora de mim parte de nós.

Ficou a falta. Faltou sentir, faltou fazer, faltou nascer. Nascer um bebê e nascer uma mãe/mulher!

Lara foi nascida! Linda. Perfeita. Saudável. Maravilhosa. Alegria de nossas vidas. Benção do céu. Presente de Deus. Querida, desejada, gerada, cuidada, escrita nas mão do Criador, modelada.

Minha filha.
Nossa filha Wil!

LARA.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retro Lara - o tal dia 30/12/2009!

Agora são 2h40 da madruga do dia 30/12/2010 e eu estou aqui lembrando do ano passado, tentando ao longo deste ano juntar meus pedacinhos, entender as coisas, absorver algo, sei lá. E vejo que não sei se cheguei a algum lugar!!!

Este dia foi decisivo na minha vida, muito mais do que poderia imaginar...

Fui pega de surpresa com a bolsa rompendo lá pelas 10hs e tanta da manhã do ano passado. Fiquei sem entender o que estava acontecendo e acho que estou assim até hoje!

Parece que naquele momento em que a parteira me falou ao telefone que provavelmente eu tinha tido uma ruptura alta da bolsa das águasum botão se desligou em mim e eu apaguei, virei outra pessoa, desconectei, sei lá o que aconteceu comigo!

Sei que não estava preparada para aquilo, consigo ver hoje que na verdade me parecia que nada daquilo era verdade, não imaginava que tudo fosse dar errado, mas também não parecia que o sonho do nascimento que eu havia preparado iria acontecer, eu pensei bem lá no fundo, quase que inconscientemente que meu parto domiciliar não iria acontecer. Eu sabia muito bem porquê, na verdade nem achava que estava pensando isso, mas estava.

Minha mãe chegou do mercado eu estava na cozinha sentada montando as lembrancinhas dela e disse que achava que a Lara iria nascer e minha mãe fez uma cara de dúvida, achei que não deu muita bola. Em seguida, curiosamente, minha sogro e sogro lá do interiro ligam para saber da gente e recebem a mesma notícia também!
Falei com minha parteira duas vezes antes de encontrá-la na casa de outra pessoa que também estava para parir. No exame tudo ok, porém havia várias coisinhas que eu não peguei ali no momento e acabei desconsiderando, sem querer, sem mesmo ter consciência delas...

Não tinha exame de strepto (eu já tinha pra mim que sem ele não arriscaria um pd; tinha bolsa rota sem contração (ok - porém meu maior medo), sem dilatação (ok), colo grosso (ok) há 4hs;
A parteira disse que ficava a nosso cargo ir ou não ao hospital, mas disse que dava para esperar ainda.

Eu sem conectar uma coisa a outra tive todos os sinais de que precisava me dizendo que TALVEZ fosse bom ir para o hospital naquele momento ou mais tarde e garantir uma indução, porém não foi o que fiz.

Passei o dia esperando as dores, prestando atenção a cada coisa que me acontecia e nada acontecia. Fui ao mercado comprar uma banheira que não tinha ainda, na farmácia, andei um pouco e passei o resto do dia no sofá... Parecia que eu estava desligada do mundo.

Tentava ficar conectada a internet, mas ela caia o tempo tod e assim passei o dia "longe" de pessoas que poderiam ter aberto meus olhos, me acordado para vida e tudo mais, parece que o mundo já conspirava contra mim!

Fiquei até tarde acordada com o Wil, conversamos muito, mas pouco também - engraçado isso, não sei explicar. Wil estava bem apreensivo, já sabia que não ia dormir aquela noite... Tomamos banho tarde da noite e fomos para cama.

Conversamos e lembro do Wil tentar me dizer indiretamente que do jeito que estava íamos para o hospital e que provavelmente poderia dar em cesárea, nada direto, tudo entre linhas, e hoje eu sei que eu me recusava a acreditar nisso!

Aceitei escolher as roupinhas e colocá-las na mala para passar no outro dia e ver no ia dar!

Ainda não entendo muito bem, ou me recuso a aceitar, não sei ao certo, o que aconteceu naquele dia, mas hoje enxergo o mundo de possibilidade que eu tinha e que não sei porquê não pensei nelas no dia, não entendo o que me deu!

Hoje, agora mesmo, sinto um frio na barriga de pensar em tudo o que aconteceu nesta mesma data há um ano atrás. Frio na barriga! Lembrar de tudo é como relar na forte emoção vivida e um pouco dissipada já, mistura de medo de tudo voltar a tona ou de simplesmente sentir o "deixar passar". É como um marco, é como viver de novo, dá medo, dá vontade de tentar de novo! Dá vontade de esquecer, dá vontade de mentir! Dá remorso!

Dá vontade de consertar!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Retro Lara dia 26, 27, 28 e 29/12/2009

Pois é os dias que se seguiram foram muito atarefados...

Não me lembro bem a ordem, mas fui ao cabeleireiro sem nenhum pretenção e grandes mudanças e cheguei com um cabelão quase no meio das costas e saí de lá com um cabelo curtinho beirando o ombro! Eita que sensação deliciosa de frescor liberdade rsrsr.

Lembro também de lavar todas as roupinhas da Lara sentada na cadeira pq não aguentava ficar de pé muito tempo rsrs. Não queria que ninguém fizesse isso, queria eu mesma fazer... Me lembro de pegar as roupinhas para estender com cheirinho do amaciante de bebê e ficar imaginando a Lara dentro de cada uma delas. Estendia cada um com um carinho tão grande, com o coração cheio de alegria pela minha menininha! Até hoje quando estendo as roupinhas este cheirinho me lembra exatamente este momento e oos sentimentos que tive ali!

Também fui ao Brás com a minha mãe comprar umas pecinhas de roupa que faltavam para a Lara, tudo bem rapidinho, nem zanzei como de costume rsrrs

Também fomos na Sé comprar as coisas para as lembrancinhas da Lara que eu faria ainda na semana, para voltar para casa tudo feitinho...

Lembro de por último borifar a essência nas bolinhas e deixá-las secando para no dia seguinte começar a embalar os perfuminhos de gaveta. Achei que não ia dar certo rsrsr

Beijos

sábado, 25 de dezembro de 2010

Retro Lara dias 24 e 25

Pois é minha gente nestes dias no ano passado eu estava não só muito cansada, mas com um calor, um calor que só Deus é quem me entendia...

Cada copo de água deveria ser tirado praticamente do freezer acompanhado de 2 ou 3 pedras de gelo! Afff Acho que qdo eu engravidar de novo quero ganhar no outono ou primavera, assim o tempo estará mais ameno no finzinho da gravidez!

Me lembro de dormir muito mal nestes dias, de uma azia terrível e uma alegria imensa de poder estar agora curtindo a barriga sem preocupações com nada, ou nenhuma obrigação de trabalho! Naquele momento era eu, o Wil e a Larinha, só esperando o dia certo chegar, e com a barriga tão alta como estava nós nem poderíamos imaginar que estava tão perto...

E é isso aí!

Beijos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal e Ano Novo

Ah eu já falei isto aqui, não gosto de natal, sei lá porque, acho que uma análise me ajudaria a descobrir...

Ah não gosto mesmo, não vejo graça. É gostoso estar em família, curtir todos e tudo mais, mas fazemos isso outras vezes no ano também...

Tento me concentrar no real motivo de tudo, Jesus, em fazer alguma coisa mais para este lado, mas na minha família, onde eu e o Wil somos os ÚNICOS mais religiosos, de frequentar igreja e assumir uma fé, ficamos meio só nós sabe, ninguém embarca na nossa e nunca conseguimos fazer nada de valor real mesmo. Isso me entristece muito...

Sempre passamos aqui na minha mãe, todo mundo vem para cá o que já me impede de participar de alguma coisa na minha igreja... Ir em uma que não é a sua acho chato, você fica meio perdido, perde um pouco a graça, como diria meu professor de psicanálise "só entende a piada quem é da paróquia", portanto, fora de "casa" não tem graça.

Mas este ano queria fazer algo para nós, para nossa família recém-nascida. Quero que a Lara cresça entendendo o real significado do Natal, por isso vamos tentar fazer algo, nem que for atravessar a cidade para irmos no culto da nossa igreja! vamos ver!

Ah, ano novo, este sim sempre gostei! Ah como era bom de repente estar num ano novinho, repleto de possibilidades, novas, chances, mudanças, recomeço... deve ter a ver com o meu nome rsrsr

ADORO, ano novo, me programar, planejar coisas novas... Agora tem um gostinho diferente a mais, tem o aniversário da Lara. Agora todos os anos novos da nossa vida serão um verdadeira festa!

Neste ano faremos um bolo e docinhos para cantar parabéns para ela, com balões do cocoricó que ela tanto gosta e a noite ceiaremos com a família toda!

Pretendo passar a manhã só nós três relembrando aquele momento e segurando minha pequena nos braços, bem forte e bem apertado, do jeitinho que eu não pude fazer quando ela nasceu!

beijos

Retrospectiva Lara

Pois é, não aguentei minha nostalgia, as lembranças e recordações deste ano memorável que começou mais ou menos nesta data há um ano. Por isso começa agora a retrospectiva da Lara rsrsrsr

Bem em 23/12/2009 eu ainda tive que ir trabalhar. A-C-A-B-A-D-A, diga-se de passagem!

Era nosso almoço de confraternização, amigo secreto.. Foi gostoso finalizar o ano, trocar presentes, se despedir, jogar conversa fora com aquela sensação de dever cumprido e finalizado UFA!

Neste mesmo dia eu ainda voltaria para casa, arrumaria mala e cuia, gatos e cia para ir para minha mãe passar o Natal... Ainda tinha um ultrassom para fazer a tarde que eu não sabia como faria, já que tinha que ir naquele dia para mamys e ainda tinha dois gatos no carro! Resultado? Cancelei o US e deixei para semana seguinte, antes do ano novo!

Cheguei em casa, arrumei tudo com o maridão e aquela barrigona de 8 meses, arrumamos o carro e fomos para mamys... Ai ai eu só queria dormir e desacansar!

Olha só minha cara de cansada



Eu ainda estava me programando para lavar as roupinhas da Lara e fazer as lembrancinhas de nascimento...

beijos

Do passado vem a lembrança, do presente a saudade...

As vezes passo horas pensando, pensando, pensando, que nem consigo dormir!

De vez em quando eu dou uma geral no meu orkut. Vejo uma galera que não converso muito, dou uma bisbilhotada nas fotos, nos scraps, blogs (se tiverem)... Elimino uns, adiciono outros... enfim...

E hoje foi um dia destes, só olhei... Mas acabei me perguntando, perguntando para Deus na verdade, porque na vida as coisas são tão passageiras? Eu pensava que certas coisas durariam para sempre e estas mesmas acabaram bem rápido...

Olho em volta e vejo que me sobrou quase nada de um passado não muito distante, um passado que foi muito querido para mim, um passado feliz - graças a Deus! -, cheio de histórias, acontecimentos... E aí entra meu questionamento para Deus, o que aconteceu? Poruqe disso tudo? Para quê? Sei lá, é um sentimento muito estranho!

Não me arrependo de nada que fiz, de nada que escolhi, e o que está escrito no meu perfil é exatamente como me sinto sobre mim mesma, sobre minhas escolhas, sobre minha vida. Mas continuo pensando, pensando, pensando...

As vezes até solto umas pra Deus "mas que raios o Senhor está pretendendo???" E os últimos acontecimentos da minha vida só me fazem questionar (no sentido de perguntar mesmo, pq quem sou eu para interrogar Deus!) ainda mais...

Não sei qual é a dEle, mas minha vida, em 5 anos, deu uma reviravolta que nunca antes eu poderia pensar, imaginar, sonhar ou divagar!

Que saudade das longas conversas na porta da igreja... De retiros longes e desconfortáveis, porém tão agradáveis a alma... de reflexões em meio a amigos... de vivências e experiências... de viagens... de risadas e piadas... de pizza frita... de canções... de algumas vozes doces e marcantes... de alguns pregadores...

Saudade é bom né! Quer dizer que a lembrança que ficou não só é positiva como faz bem a alma!

Fim de ano é assim... bate a nostalgia...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sobre verdades e boa convivência...

Quem é que já não optou por ficar "de boa" com alguém, - próximo, distante, conhecido, desconhecido, amigo, colega, parente (...) - só em nome da "boa convivência"? Eu já! Muitas vezes!

Quando eu era mais nova, época de escola, eu era daquelas invocadas sabe?! Se folgassem comigo eu respondia na lata, não guardava desaforo de jeito nenhum!

Mas a gente cresce e aprende que na vida nem tudo é assim né?! Mudei, mudei muiiiito. Me tornei mais doce, mais calma, mais tolerante!

E neste caminho de amadurecimento e auto-conhecimento confundi opinião com temperamento. Acabei deixando de falar o que pensava, de expressar o que queria e coisas assim achando que estava sendo tolerante. Mas não era isso. Descobri depois!

Hoje sou uma pessoa, na verdade equilibrei o verdadeiro eu, que não deixa de dizer o que pensa. As vezes isso sai de um jeito meio torto, as vezes sai exatamente como deve ser. Mas eu prefiro assim.

Acho horrível o tipo de pessoas que concorda, que aceita, abaixa a cabeça só para fica "bem" com os outros. Abdica das próprias convicções em favor de não "arrumar briga". Eu sou o contrário, eu defendo minhas opiniões até o fim, permaneço convicta daquilo que acredito, porque acho que isso demonstra a minha integridade, a veracidade do que sou!

Infelizmente num mundo de aparências como este que vivemos isso não é bem compreendido, nem bem vindo, mas fazer o quê? Será que vale a pena "mentir", "omitir", se "esconder" em nome de sorrisos falsos e apertos de mão?

Eu escolhi ser verdadeira, mas é claro que sinto muito que algumas pessoas queridas não entendam bem isso... Mas eu jamais direi algo ao contrário do que penso!

Mesmo que verdades me machuquem de alguma maneira, me façam refletir, me interiorizar, me afastar ou me chocar, antes elas do que falsas concordâncias ou sorrisos.

Hoje tenho orgulho de dizer que quem está ao meu lado é por que está verdadeiramente me sorrindo, me chamando a atenção, me fechando a cara, seja o que for...

Algumas pessoas precisam aprender que discordar não é feio, que não se arranja briga por isso, que não há necessidade de se justificar ou coisa assim... Opinião é opinião, cada um tem a sua, as vezes uns trocam com outros as suas, compartilham, aprendem ou mesmo intensificam sua opinião inicial... Mas nada como a verdade não?! A verdade que cada um profere ajuda a criar um ambiente puro onde muitas idéias podem crecer e florescer!

Sinto pelos que se ofendem com as verdades... antes elas do que sorrisos amarelos!

Beijos

11 meses da Lara

Oi gente! Faz tempo que não escrevo sobre nós aqui... mas é a correria e agora Lara não dá sussego para escrever, quer ficar correndo a casa toda e com uma escada no caminho não dá para tirar os olhos...

Bom, semana passada foi agitada, tivemos o aniversário de 1 ano da Mariana, amiguinha da Lara. Eu engravidei um mês depois do que a Pâmela (mãe da Mariana), e curtimos a gravidez juntas. Nos conhecemos na pós-graduação e nos tornamos amigas... Os pensamentos parecidos nos aproximaram e aí veio a gravidez...

Na segunda-feira a tarde Lara vomitou e vomitou e vomitou. Foram 6 vezes! Fiquei muiiiiito preocupada. A pediatra dela pediu para que avisássemos se ocorresse mais uma vez e pediu que continuássemos hidratando ela.

E assim foi... No outro dia, mais um episódio de vômito e ela sem querer comer NADA. Ai ai viu, minha picota nunca tinha ficado assim na vida! Mas incrivelmente estava brincando e animada...

Na quarta eu acordo mal, com dores fortes de estômago, vômito e diarréia. E agora Lara também tinha diarréia, mas sem vômitos mais...

A tarde não aguentei e pedi para o marido vir para casa me levar ao hospital. Lá fomos os 3 para o São Luiz - ô hospital cheio esse no Anália Franco viu!

No fim fiquei lá tomando soro com medicação,a Lara passou no PS tb só por via das dúvidas. Ela estava bem,, hidratada, animada, mamando então o negócio é só continuar hidratando... E eu tb!

Voltamos todos cansadérrimos e dormimos as 21h da noite! Coisa inédita aqui!

Na quinta, na consulta dela fiquei muito chateada, pq no fim das contas o saldo de ganho de peso da Lara no mês e meio foi de 160g só!!! Está com 7.860k e 72cm (acho que é isso). De resto ótima como sempre! Liberada para comer de tudo de acordo com a aceitação. Mas ela já tem comido a nossa comida combinada com a dela no almoço e na janta só papinha de legumes mesmo, para não pesar!

Esta semana introduzi carne orgânica - se é que dá para dizer isso - mas provisoriamente, até irmos a nutricionista em janeiro. Achei carne bovina orgânica e frango caipira (criado solto, sem hormônios e etc). Frango ela gostou, mas carne vermelha não gostou muito não.

Faz uma semana que eu não consigo deixar de pensar no ano passado nesta mesmo época... Todo dia fico lembrando o que eu estava fazendo no ano passado... Quando deito fico lembrando do tamanho da barriga e das estripulias que a Lara fazia quando eu me deitava... Tá batendo a nostalgia... Minha filha já vai fazer 1 ano!!! Como o tempo passa rápido, nem consigo acreditar! A sensação é de que ontem mesmo eu estava grávida...

Fica fotinho da Lara com 10 meses exatos!!! Fico devendo foto mais atual!



Beijos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tapetes emborrachados ameaçam saúde das crianças

A associação belga Test-Achats alertou para a nocividade dos tapetes emborrachados.

Análises comprovaram que os populares tapetes infantis emborrachados em formato de quebra-cabeça possuem partículas tóxicas na sua composição. A polêmica ganhou força na última sexta-feira com a retirada dos produtos das lojas belgas pelas autoridades. A França também reagiu e marcou para esta segunda-feira uma reunião que decidirá se o brinquedo vai ou não sair das prateleiras.

A Bélgica anunciou que quase todos os tapetes emborrachados disponíveis no mercado, muito utilizados para crianças, possuem níveis elevados de partículas tóxicas. O principal problema está na presença de formamida, uma substância química cancerígena utilizada para deixar o material mais macio e amortecer as quedas.

Segundo a associação belga Test-Achats, os tapetes, geralmente utilizados por crianças entre três e quatro anos, são nocivos quando inalados ou mordidos e irritam os olhos e a pele. A multa para os estabelecimentos que insistirem na venda do produto pode chegar a 20 mil euros, cerca de 45 mil reais.

A porta-voz do Ministério belga encarregado da proteção dos consumidores, Marie-Isabelle Gomez, afirmou que "a Bélgica é o primeiro país europeu a proibir a venda dos tapetes emborrachados, mas nós antecipamos a decisão europeia que proibirá a formamida em todos os países da União Europeia a partir de 2013".

Em 2009, entidades de proteção do consumidor de Portugal, Espanha, Itália e Bélgica já alertavam para o risco destes tapetes. Um estudo realizado pela revista portuguesa "Teste Saúde" analisou oito marcas à venda no país e quase todas confirmaram a presença de formamida. As outras três nações realizaram uma investigação conjunta em 26 produtos; desse total, apenas a marca espanhola Eureka Kids não tinha esta substância tóxica.

Durante o último final de semana, os tapetes continuavam sendo vendidos nas lojas francesas. Por precaução, alguns comerciantes decidiram retirar o produto das prateleiras enquanto as discussões estiverem em andamento.

No Brasil, os tapetes emborrachados em formato de quebra-cabeça são amplamente vendidos no mercado nacional.


Reportagem extraída daqui ó.

Cada dia mais tenho certeza que a saída para uma vida equilibrada, saudável e segura é voltar as origens... cada dia mais dou valor ao que algumas pessoas escreveram sobre vida natural e simplicidade... Cada dia mais acredito que o menos nesta vida é com certeza mais... Que o desapego as modernidades, facilidades, futilidades, beleza perecível entre outras coisas são um "deserviço" à vida, à saúde, à tudo! Cada dia mais intensifico meu sentimento que move minha busca pelo desapego, simplicidade e equilíbrio!!!!

beijos!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Uma chegada feliz? Depende...

"A criança, antes do nascimento, não está numa dependência absoluta?
Por ocasião do nascimento, o que acontece? Uma aventura extraordinária, uma agitação, uma revolução: o sangue que, até então, ia pelo cordão umbilical, aventura-se através dos jovens pulmões! (...)
Respirando, a criança toma o caminho da independência, da autonomia, da liberdade.(...)
Mas o sangue abandona de modo imediato e rude o velho caminho cordão-placenta? Isto acontece de repente? Lança-se como um louco nos pulmões?
Depende.
E aí está toda a questão.
Essa passagem pode se fazer lentamente, com doçura, ou de modo brutal, em pânico e terror; e o nascimento se torna um despertar tranquilo ... ou se transforma em tragédia."


Livro: Nascer Sorrindo, Frédérick Leboyer - pág. 70

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fraldas de pano - eu uso!

Oi minha gente!

Já faz alguns meses desde que a Lara começou a usar fraldas de pano.

A primeira vez que ouvi falar das mesmas sempre pensei naquela coisa esquisita branca, melequenta e trabalhosa das fraldas brancas com calças plásticas. Soava algo só para quem não tinha condições de ter fraldas descartáveis ou bebês alérgicos.

Quando comecei a ir atrás de encontrar um sling para Lara descobri outras fraldas de pano, feitas no formato das descartáveis, lindas, charmosas e práticas (aparentemente pelo menos). Fiquei com vontade de ter só porque eram lindas hahha!

Passou.

Meses depois que a Lara nasceu tive outro contato com fraldas de pano, mas sem muita empolgação. Aí eu descobri algo que eu não sabia, quer dizer, sabia, mas não exatamente!

Fraldas descartáveis levam cerca de 450 anos para se decompor no meio ambiente. Só a Lara usava cerca de 116 fraldas/mês com 5 meses, quer dizer que no início ela usou bem mais que isso. Somados os meses a dois anos de vida (mais ou menos), percebi a catástrofe que ela causaria ao meio ambiente e aí pegou no meu calo!

Eu que sou defensora dos animais, prezo pela vida dos mesmos, pelo seu habitat, pelo respeito a sua liberdade não podia deixar de pensar que estava cooperando para estragar a casa deles! Também não podia deixar de pensar que eu como cristã, que acredito que o mundo foi criado por Deus e deu aos homens a responsabilidade de cuidar de tudo, estava cooperando para a destruição do mesmo!!! É minha responsabilidade cuidar do meio ambiente, dos animais, da vida, da flora como cristã que sou!

Mas ainda tinha um porém, assaduras! Lara tem pele delicada, muito sensível, tinha medo de causar assaduras nela, coisa que NUNCA teve, mas aí me explicaram que a maior causa de assaduras eram por causa da química contida nas fraldas descartáveis, que em tecido natural a pele não tinha o que rejeitar. Pronto a última pedra havia sido tirada!

Então eu e meu marido tomamos a decisão de usar as fraldas de pano!

Comprei 2 para experimentar e desde então me apaixonei. Mas até aí não conseguia usar 100% do tempo, pq não tinha muitas, então não podia dizer que o negócio era realmente simples como as descartáveis. Mas hoje eu posso!

Aqui, para nós, fraldas de pano são muito práticas, só tem um incoveniente a bolsa de sair fica mais cheia por conta delas, mas só!

Hoje Lara só não usa fraldas de pano para dormir a noite, de resto, só fraldas de pano!!!

Hoje as fraldas de pano são muito mais modernas e práticas, muito mais difícil de ter vazamentos, portanto se assemelham e muito as descartáveis... E cá entre nós, Lara tem muitas fraldas de pano que seguram muito mais tempo de xixi do que algumas marcas descartáveis do mercado, tida como de ótima qualidade por muiiiiitas mamães!!! Acreditem se quiser!

Sobre praticidade não tenho do que reclamar, as lavo dia sim, dia não, a noite. Estendo e normalmente no outro dia pela manhã estão todas secas. Não precisam ser passadas (e é melhor que seja assim), nem alvejadas, basta sabão de coco e água!

Esfregar só as de coco, e depois máquina de lavar! A bendita faz tudinho!

Mas ainda tenho a impressão que rola muita insegurança e preconceito sobre as fraldas de pano. Uma das razões é que quando surgiu as descartáveis elas eram imensamente caras e só pessoas com poder aquisitivo razoável/alto podiam pagar! Acabou se tornando um artigo de luxo. Pessoas comuns, como a minha mãe, por exemplo, eram "obrigadas" a usar fraldas de pano em seus bbs. Fraldas que vazavam, numa época em que se acreditava que TINHA que quarar as fraldas, passar, demandava um trabalhão... Sem falar que não xistiam máquinas de lavar tão modernas como as de hoje, inclusive com lavagem de higienização. Então a medida que as classes sociais de renda mais baixa foi conseguindo adquirir estes produtos ele também se tornou uma conquista de status, quem continuava a usar fraldas de pano era porque era muito pobre ou o bebê tinha alergia de todas as marcas disponíveis no mercado!

EU penso que hoje podemos olhar para trás e reavaliar estas questões. O meio ambiente está numa situação crítica, e nós fizemos isso, usando produtos poluente, artigos de plástico em demasia, excesso de descarte de lixo e etc. É preciso deixar questões, na minha opinião, tão fúteis e pensar em algo maior, melhor. Todas nós mães queremos o MELHOR para nossos filhos, o melhor de tudo, sem dúvidas, e pensar no melhor é também pensar em deixar o melhor planeta para eles e nossas gerações viverem! Deixar um planeta melhor para os filhos e filhos melhores para o planeta!

As escolas trabalham anualmente com temas sociais e de meio ambiente, vemos em todos os lados propagandas e incentivos educacionais para conscientização da reciclagem, a coleta seletiva e etc...Mas e na prática, será que acontece muito também? Não sei!

Soube de fraldas descartáveis biodegradáveis, que se decompões em cerca de 50 dias, maravilha não é?! Mas até onde eu saiba, não existem no Brasil. Seria uma saída? Acho que sim! Mas me veio outra questão, mesmo usando fraldas biodegradáveis, será que, por conta da quatidade de fraldas descartadas num determinado lixão, elas não saturariam a terra? Também não sei. Penso que mesmos estas deveriam ser usadas com moderação...

Isto aqui não uma intimação (até parece rsrs), ou algo do tipo. Cada um tem suas escolhas, esta foi a minha. Não desmereço quem opta pelas descartáveis ou coisa do tipo. Cada um na sua né? Mas fica aí minhas impressões, e o porquê das minhas escolhas, quem sabe, assim como eu fui inspiradas por outras mulheres eu sirva de inspiração a alguma corajosa que resolva experimentar... Afinal das contas, não custa nada né?!

O mundo, o meio ambiente e o futuro agradece MUIIIITO!!!

Uma fotinho da Lara quando começou no mundo das fraldas de pano:




Quer saber mais:
grupo de discurssão no yahho sobre fraldas de pano: fraldadepano@yahoogrupos.com.br

Beijos